De todas as coisas que já planejei fazer em São Paulo, assistir um concerto na sala São Paulo, com certeza é uma das que eu mais ansiava. A paixão por música e arquitetura clássica há muito marcam minha vida e esse espaço é um ícone em reunir essas duas coisas de forma tão harmônica. Por isso quando anunciaram a temporada de apresentações da nona sinfonia de Beethoven eu sabia que era o momento exato.
A imponente estrutura clássica dos prédios históricos de São Paulo sempre me fascinam. Apesar da degradação da região onde se localiza a Sala São Paulo, por dentro podemos notar todo um cuidado de preservação de uma cultura que parece agonizar no Brasil contemporâneo. Concordo que de fato o brasileiro não tem como hábito a erudição e que isso por aqui é considerada uma cultura elitizada. Porém é feliz saber que ainda temos algumas partes disso preservadas. Para alguém como eu que ama o clássico e tarda em encontrá-lo no nosso cotidiano. Achei uma experiência revigorante cruzar as portas gigantes desse prédio, com os detalhes ornamentais em ferro, mármore, colunas gregas, chão de madeira. Todos os elementos que eu amo em um só espaço. O que tornou a experiência toda ainda mais deliciosa. (continue a leitura…)

Paranapiacaba, uma cidadezinha turística que se esconde no alto da serra do Mar, entre Santo André e Santos, construída para abrigar os trabalhadores da Railway, empresa inglesa responsável pela construção de algumas linhas ferroviárias Paulistas. Tem uma história muito interessante e arquitetura que se destaca por possuir o lado ‘britânico’ e ‘português’, trazendo um pouco da mistura que originou muitas cidades pelo Brasil. O nome, de origem nativa, significa ‘De onde dá para ver o Mar’, pois em uma parte dela, conseguimos enxergar Santos. (continue a leitura…)

Eu voltei do Pará há 4 meses, mas ainda não tinha tido coragem de editar as fotos e montar esse post. A bem da verdade é que aconteceu tanta coisa nesse tempo que fiquei com um certo cansaço. Fiquei doente, fui assaltada, tive uma alergia forte no olho e morri de saudade de casa. E não tem forma melhor de começar esse post dizendo: Belém me fez pensar na diversidade e em como o Brasil pode ser considerado realmente “mil Brasis”. É uma cidade cheia de encanto e cada minuto lá foi apreciado, com um misto de fascinação e estranhamento. Dizem que viajar é se deparar como o novo e conhecer novas culturas, certo? Mas eu realmente não imaginei tanto. Tudo é muito diferente, o ritmo é outro. Acompanhe então esse relato da minha experiência conhecendo Belém do Pará.

No mês passado tive a oportunidade de conhecer pela primeira vez um pouco desse lugar maravilhoso que é o nordeste do Brasil. Como fui para um evento acadêmico na Universidade Federal da Paraíba, entre uma palestra e outra, dei um jeito de conhecer João Pessoa e alguns municípios nos arredores. Assim acabei conhecendo a Paraíba e me encantando um pouco mais pelo Brasil.
Então vou começar meu registro pela capital João Pessoa, onde fiquei hospedada. Pois a coisa mais bonita da cidade é a praia principal em contraste com os grandes prédios. De fato é uma cena muito bela de se ver. Porém eu tive um certo estranhamento, confesso. É que estou acostumada com o conceito de praia urbana desenvolvida, com muita infraestrutura de comércio. Então pensar que faltam quiosques, sorveterias e feirinhas, por exemplo, me fez pensar que cada lugar é realmente único. E que talvez o charme da cidade é justamente essa simplicidade que habita em cada esquina de frente para aquele mar azul encantador.
